Vivemos uma pandemia de uma doença recente mas que, aos poucos, vamos descobrindo não somente o curso da doença, mas como sequelas que acabam sendo perceptíveis mesmo após a recuperação do COVID-19.
COVID-19, causado pelo SARS-CoV-2, pode envolver sequelas e outras complicações que duram semanas a meses, após a recuperação inicial, que passou a ser chamada de Long-COVID ou COVID de longa distância.
Em uma publicação de 2021 foram identificadas 18.251 publicações, das quais 15 atenderam aos critérios de inclusão. Foi estimada a prevalência de 55 efeitos de longo, 21 meta-análises foram realizadas e 47.910 pacientes foram incluídos. O tempo de acompanhamento variou de 14 a 110 dias pós-infecção viral. A idade dos participantes do estudo variou entre 17 e 87 anos. Estimou-se que 80% (95% CI 65– 92) dos pacientes que foram infectados com SARS-CoV-2 desenvolveram um ou mais sintomas de longo prazo. Os cinco sintomas mais comuns foram fadiga (58%), dor de cabeça (44%), distúrbio de atenção (27%), queda de cabelo (25%) e dispneia (24%).
A perda de cabelo após COVID-19 pode ser considerada como eflúvio telógeno, definido pela perda de cabelo difusa após um importante estressor sistêmico ou infecção e é causada por transições foliculares prematuras da fase de crescimento ativo (anágena) para a fase de repouso (telógeno). É uma condição autolimitada que dura aproximada- mente 3 meses, mas pode causar sofrimento emocional.
Um estudo recente, publicado em 2020, Yusuke Miyazato, et al. investigaram sintomas de início tardio de COVID-19 em um grupo de 63 participantes. Para os 58 participantes incluídos na análise, 14 (24,1%) relataram queda de cabelo. Neste estudo, o tempo médio desde o início dos sintomas do COVID-19 até a queda de cabelo perceptível foi de 58,6 dias.
Outro estudo de Wambier, Carlos Gustavo et al. avaliou 175 pessoas hospitalizadas com COVID-19. Os pesquisadores observaram que uma grande quantidade de participantes (67%) tinha alopecia androgênica. É importante notar que não houve grupo-controle no estudo.
A queda de cabelo observada após COVID-19 consiste em uma condição chamada eflúvio telógeno (TE). O cabelo tem diferentes fases de crescimento e o eflúvio telógeno acontece quando um estressor faz com que uma grande quantidade de cabelo pare de crescer e entre na fase de repouso (telógena). O cabelo geralmente cai em grandes tufos, geral- mente durante a escovação ou o banho. O Eflúvio telógeno normalmente afeta o couro cabeludo e dura de 6 a 9 meses.
Um dos gatilhos potenciais para o eflúvio telógeno é uma doença aguda com febre. Pessoas que adoeceram com COVID-19 costumam apresentar febre como um de seus sintomas.
O estresse é outro gatilho potencial para o eflúvio telógeno. Certamente, experimentar uma doença como COVID-19 pode causar estresse físico e emocional. Não somente na patologia, mas também foi observado eflúvio telógeno no período de quarentena pelo isolamento social.
A restrição alimentar causada pela própria doença e também pela inapetência pela falta de paladar e olfato leva a carências nutricionais, principalmente ferro, cálcio, vitaminas do complexo B, vitamina C.
AS CAUSAS ADICIONAIS DE QUEDA DE CABELO PODEM INCLUIR:
- Alterações hormonais, incluindo aquelas que ocorrem durante a gravidez e a menopausa , ou devido a problemas da tireoide;
- Condições de saúde subjacentes, como alopecia are- ata, distúrbio de puxar os cabelos (tricotilomania) ou micose do couro cabeludo;
- Estressores, conforme observado com eflúvio telógeno;
- Deficiência de ferro ou outras deficiências nutricionais;
- Alguns medicamentos ou terapias, como aqueles usa- dos para tratar câncer, depressão e hipertensão
NUTRACÊUTICOS PARA CRESCIMENTO CAPILAR:
Lista de nutrientes, minerais e ativos que previnem a queda de cabelo.
SILÍCIO (COLLASIL MS HC)
- Reduz a taxa de queda do cabelo
- Melhora o fortalecimento do fio
- Aumenta a fase anágena
