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Você já ouviu falar em imunocenescência?

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O início de 2020 foi marcado por algo inesperado, uma pandemia que se alastrou rapidamente e afetou inúmeras pessoas e, em sua grande maioria, indivíduos que já se encontram em situação de vulnerabilidade por consequência dos tempos já vividos.

Idosos são indivíduos que possuem um comprometimento do sistema imune por conta do processo de imunocenescência, ou seja, redução da produção e/ou envelhecimento de células que o compõe, fato que pode aumentar os riscos às infecções, como as provocadas pelo vírus causador da COVID-19.

Esses fatos geraram discussões em diversos campos científicos, sendo o da nutrição mais explorado atualmente, pois macro e micronutrientes são fundamentais para melhora da capacidade de defesa contra os perigos externos.

Um artigo de revisão publicado por diferentes grupos de pesquisa brasileiros, como USP, Unifesp Baixada Santista e UFSC, intitulado “Coronavirus disease 2019 (COVID-19) and Nutritional Status: The missing link?” (COVID-19 e status nutricional:  a ligação que está faltando?), alertam que os riscos de agravamento da doença em indivíduos com mais de 65 anos que testaram positivo para COVID-19 e malnutridos estava entre 25,5 e 52,7%, fato muito preocupante.

A má nutrição é um grande problema para este grupo populacional e alguns componentes da alimentação são fundamentais para manutenção e proliferação de células do sistema imune. Entre eles, destacam-se as proteínas, peptídeos e aminoácidos, que, na maioria das vezes, são pouco consumidas por idosos.

Além do problema da relação do baixo consumo desses nutrientes com o sistema imune, destaca-se também outro fator importante que pode influenciar diretamente na recuperação de idosos com COVID-19 ou outras doenças pulmonares, a sarcopenia.

A sarcopenia é uma síndrome caracterizada pela perda de massa e força muscular que acomete indivíduos com mais de 50 anos e que, geralmente, não praticam atividade física. Este fator também foi destacado pelos grupos que publicaram a revisão citada acima, que demonstra que os indivíduos acometidos podem ter mais riscos de pneumonia, além do problema relacionado à dificuldade na introdução de ventilação mecânica em casos de hospitalização, principalmente pelo enfraquecimento muscular.

Para que haja uma melhora no status nutricional de idosos, recomenda-se o consumo de proteínas completas, que contenham aminoácidos essenciais. Dos vinte aminoácidos que compõe as proteínas, três contribuem para o aumento de massa muscular; são os chamados aminoácidos de cadeia ramificada: leucina, isoleucina e valina. Eles agem diretamente no estímulo da síntese de proteínas musculares, e isto faz com que as células comecem a ser produzidas com mais facilidade (mecanismo chamado de hipertrofia muscular).

Levando em consideração todos esses fatores, mais uma vez, considera-se fundamental que se avalie a qualidade nutricional da alimentação de idosos, principalmente as que respeitam as recomendações diárias de ingestão de aminoácidos, além da prática de atividade física constante para que a vida se mantenha saudável até o final da sua jornada.

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